Leishmaniose, a doença e o preconceito

Akira, primeira semana de tratamento

Mesmo lidando com animais abandonados a muitos anos, acompanhando inúmeros grupos e ongs de ajuda animal, nunca tinha tido um contato tão próximo com essa doença. Sabia que não tinha cura, e que em muitos dos casos a eutanásia era indicada. Até pouco tempo atrás era comum eutanasiar cães com diagnóstico da doença, mas um projeto de lei hoje proíbe que essa pratica seja usada em doenças onde o tratamento é possível!
Com a chegada da Akira e o diagnóstico de Leishmaniose comecei a entender e estudar mais sobre a doença, para que pudesse fazer com que minha grandona tivesse a melhor qualidade de vida possível! Foram banhos, medicamentos, suplementos, vitaminas, comida saudável e uma dose cavalar de amor e arinho até ela melhora e ficar 100%. E assim, tem quase 3 anos que juntas vamos mantendo a saúde dela e evitando que os sintomas voltem! 

Separei um texto para que ajudar a esclarecer sobre a doença, seus sintomas e tratamentos. Mas vale sempre ressaltar que quanto mais cedo observarmos os sintomas e levarmos até um veterinário, mais chance o animal terá de se recuperar e levar uma vida saudável! E vale sempre lembrar de ajudar a conscientizar o máximo de pessoas sobre o tratamento, pois os casos de abandono de animais contaminados só cresce junto com o preconceito! nossos melhores amigos merecem todo respeito e cuidado em qualquer situação, ainda mais quando eles mais precisam de nós!

Akira, na terceira semana de tratamento

Akira, linda e com a doença sob controle!



"A Leishmaniose Canina ou Calazar deve ser diagnosticada rapidamente para evitarmos a disseminação da doença. A picada do Mosquito Palha infectado transmite a doença para cães ou humanos.

A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença grave, causada por protozoários do gênero Leishmania, sendo a espécie Leishmania infantum chagasi o agente etiológico causador de endemia no Brasil, havendo referências de casos humanos e caninos em todas as regiões brasileiras.É uma doença “silenciosa”, pois os sinais que aparecem no cão podem ser inespecíficos como: emagrecimento, alterações e feridas na pele que não cicatrizam, crescimento exagerado das unhas entre outros. A transmissão ocorre pela picada do mosquito palha contaminado. A picada do mosquito contaminado transmite o protozoário Leishmania aos cães e humanos, e também a outras espécies animais.

Em seguida, a Leishmania se multiplica no organismo do cão atingindo principalmente as células de defesa chamadas macrófagos. O período entre o momento de infecção até o aparecimento de sintomas pode demorar em média de 6 meses a 2 anos. Porém, alguns animais podem não manifestar nenhum sintoma ao longo da vida. Por isso, é uma doença silenciosa.

É muito importante adotar medidas de prevenção contra a Leishmaniose Visceral Canina, pois não existe a cura parasitológica (eliminação do agente causador) da doença, ou seja, no tratamento é possível melhorar as manifestações da doença, porém, não elimina o parasita do organismo do animal. Por isso, o cão será sempre um portador do protozoário e irá necessitar de acompanhamento do médico veterinário o resto de sua vida.

O cão é considerado o principal reservatório do parasita Leishmania, por isso, um cuidado especial deve ser dedicado aos nossos cães.

As medidas de proteção preconizadas, consistem em diminuir o contato dos cães com o mosquito palha pela utilização de repelentes, e o uso de vacina para proteção do organismo. Por mais simples que isso pareça, realmente não é uma tarefa tão fácil.

Prevenindo a Leishmaniose Canina

Logo, as orientações são: o uso de repelente tópico, como por exemplo, o Vectra 3D e a vacina Leish-Tec, única vacina aprovada pelo MAPA e pelo Ministério da Saúde do Brasil para prevenção da Leishmaniose Visceral Canina, a qual apresenta tecnologia recombinante. Assim, fazemos uma dupla proteção – externa (repelente) e interna (vacina)."           

Sintomas e diagnóstico

Mesmo para o tutor mais atento, identificar os sintomas da Leishmaniose Visceral Canina não é tarefa fácil e por isso, o acompanhamento de um médico veterinário é muito importante.

Porém, alguns cães podem permanecer assintomáticos por toda a vida, ou começar a desenvolver os sintomas, após um período, que varia em média de seis meses a 2 anos.

Busque Ajuda de um Veterinário

O cão deve sempre ter um acompanhamento veterinário ao longo de sua vida. Tanto na prevenção com a aplicação da vacinação com o Leish-Tec, quanto no diagnóstico e tratamento da Leishmaniose Visceral Canina, o papel do Médico Veterinário é fundamental. Ele é o único profissional que poderá fazer a aplicação da vacina para prevenção, assim como realizar os exames necessários para diagnóstico e tratamento, se necessário.

Leishmaniose Canina: Silenciosa e Traiçoeira

As manifestações clínicas, muitas vezes são comuns também a outras doenças, por isso o médico veterinário é fundamental na orientação de prevenção e realização dos exames necessários. Para o diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina utilizam-se métodos parasitológicos, sorológicos e/ou moleculares. O médico veterinário irá avaliar qual será o melhor método de acordo com as condições do cão.

Primeiros Sintomas da Leishmaniose Canina

Os sintomas da Leishmaniose Visceral Canina podem ser:

  • Alopecia – regiões sem pelo;
  • Descamação da pele – principalmente no focinho;
  • Úlceras na pele – especialmente no focinho, orelha e cauda;
  • Perda de peso;
  • Apatia e;
  • Crescimento exacerbado das unhas (onicogrifose).

Em fases mais avançadas do Calazar, nome como a Leishmaniose Visceral Canina também é conhecida, pode ocorrer:

  • Formação de ínguas (aumento de volume de linfonodos), aumento de tamanho do fígado (hepatomegalia) e baço (esplenomegalia);
  • Problemas no rim fígado;
  • Vômito, hemorragias intestinais;
  • Alterações articulares, musculares (atrofia) ou locomotoras;
  • Conjuntivites e outros problemas oculares.
  • Alterações neurológicas.
  • E por fim, vir a óbito.

Tratamento

O tratamento para a Leishmaniose Canina ainda não cura a doença, mas pode amenizar muito os sintomas e proporcionar maior qualidade de vida ao seu cão.

Se antes a eutanásia era a única alternativa indicada, hoje o tratamento consegue aumentar a expectativa de vida do cão.

Como Tratar a Leishmaniose Canina

Os animais com Leishmaniose Visceral Canina são divididos em estágios clínicos de acordo com as manifestações clínico-laboratoriais e método(s) diagnostico(s) empregado(s) para o diagnóstico da doença.

O tratamento é indicado na sua forma combinada (multimodal), ou seja, associando-se um fármaco leishmanicida (age eliminando parasitos) associado a leishmaniostático (visa impedir a replicação do protozoário), imunoestimulante (melhora a resposta imune contra o parasito), e/ou imunomodulador, (auxiliar na melhora clínica, diminuindo a resposta inflamatória e formação de imunocomplexos que causam as alterações clínicas).

Além disso, é imprescindível que o animal receba tratamento suporte, de acordo com a necessidade, tendo em vista sua situação clínica, bem como seja desverminado, utilize proteção contra pulgas, carrapatos e mosquitos continuamente, imunizado contra outras doenças infecciosas, e acompanhado clínico-laboratorialmente de forma frequente durante toda a vida pelo médico veterinário. O prognóstico e variável de acordo com o estágio que o animal se encontra.

Não existe cura do agente (parasitólogica) da Leishmaniose Visceral Canina, ou seja, o tratamento poderá melhorar os sintomas clínicos e condição do animal, porém, não elimina completamente o parasita do organismo do cão.

Fonte: http://leishmaniosevisceralcanina.com.br/


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